No presente escrito, descrevemos e analisamos as repercussões da morte dos moradores nos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) do Município do Rio de Janeiro sobre os profissionais que neles atuam, conferindo visibilidade e legitimidade aos seus lutos. Utilizando-nos da autoetnografia colaborativa como inspiração metodológica, construímos e analisamos as narrativas de nove profissionais de uma equipe de SRT, identificando as relações vinculares estabelecidas com o morador perdido; a repercussão dos trâmites realizados no pós-óbito imediato; as diversas reações ao luto e suas formas de enfrentamento ? incluindo-se os fatores de risco e proteção; os efeitos de algumas reações sociais e institucionais frente à morte e ao luto; e por fim o cuidado àquele que cuida. Reconhecemos que a experiência desses profissionais, relacionada à perda e ao luto nos SRT, produz impactos pessoais e coletivos, ou seja, em suas subjetividades e em seus processos de trabalho. O que atesta a premência de espaços coletivos de troca e compartilhamento sobre as questões inerentes ao luto profissional, através da elaboração de estratégias de enfrentamento nessas situações de difícil manejo, que favoreçam o acolhimento, a escuta e o encaminhamento das questões inerentes à morte e ao luto. Assim como a construção de conhecimento acerca dessa temática.
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.