Mais um livro de poesia, em pleno século XXI', me dizem por aí e
invariavelmente, me perguntam porquê. Fico sem saber responder
(ou mesmo, sem querer responder como Lia Luft afirma em seu livro
de poesias - A secreta mirada e outros poemas) para não ter um tom
professoral, acadêmico, justificativo, enfim, explicar porque o sol
brilha, ainda que nem todas as manhãs sejam de sol, ou porque a
chuva molha seria o mesmo. A pergunta talvez fosse: por que
escrevemos? Não importa o gênero literário, ou onde escrevemos,
que tipo de plataforma usamos para nos divulgar e nos fazermos ser
lidos, a resposta, em essência será a mesma, creio eu. Somos seres de
linguagem e mesmo que haja muitos tipos de linguagem, a verbal é
por excelência nossa primordial manifestação no mundo. Falamos o
tempo todo, sonhando, lendo, murmurando e também quando
"fazemos" silêncio. Então, eu poderia simplesmente dizer: escrevo
porque falo e falo porque penso e sinto algo que não pode ficar sem
expressão, sem ser manifestado, sem vir à luz. Tem que sair da
escuridão da mente para a luz do verbo enunciado e escrito.
Mas, para não complicar, eu, geralmente, afirmo: escrevo porque não
pinto, porque não componho, porque não faço cinema nem teatro.
Mas isso, sei bem, nada explica do motivo para escrever poesias.
Embora possa citar n poetas da atualidade, inclusive os que já
ganharam prêmios e até o nobel, a poesia tem algo de especial,
diferente, uma singularidade que se impõe à narrativa corrente dos
fatos, do mundo. Poderíamos citar poetas que entraram e saíram de
moda, para mostrar a importância da poesia desde séculos, mas a
permanência e a pertinência da palavra poética é maior que apenas a
palavra falada ou escrita de histórias e fatos. É que a palavra poética é
o reflexo do olhar distinto, qualificado, imperioso sobre o real e se
estrutura de uma forma que deixa um eco no ar.
invariavelmente, me perguntam porquê. Fico sem saber responder
(ou mesmo, sem querer responder como Lia Luft afirma em seu livro
de poesias - A secreta mirada e outros poemas) para não ter um tom
professoral, acadêmico, justificativo, enfim, explicar porque o sol
brilha, ainda que nem todas as manhãs sejam de sol, ou porque a
chuva molha seria o mesmo. A pergunta talvez fosse: por que
escrevemos? Não importa o gênero literário, ou onde escrevemos,
que tipo de plataforma usamos para nos divulgar e nos fazermos ser
lidos, a resposta, em essência será a mesma, creio eu. Somos seres de
linguagem e mesmo que haja muitos tipos de linguagem, a verbal é
por excelência nossa primordial manifestação no mundo. Falamos o
tempo todo, sonhando, lendo, murmurando e também quando
"fazemos" silêncio. Então, eu poderia simplesmente dizer: escrevo
porque falo e falo porque penso e sinto algo que não pode ficar sem
expressão, sem ser manifestado, sem vir à luz. Tem que sair da
escuridão da mente para a luz do verbo enunciado e escrito.
Mas, para não complicar, eu, geralmente, afirmo: escrevo porque não
pinto, porque não componho, porque não faço cinema nem teatro.
Mas isso, sei bem, nada explica do motivo para escrever poesias.
Embora possa citar n poetas da atualidade, inclusive os que já
ganharam prêmios e até o nobel, a poesia tem algo de especial,
diferente, uma singularidade que se impõe à narrativa corrente dos
fatos, do mundo. Poderíamos citar poetas que entraram e saíram de
moda, para mostrar a importância da poesia desde séculos, mas a
permanência e a pertinência da palavra poética é maior que apenas a
palavra falada ou escrita de histórias e fatos. É que a palavra poética é
o reflexo do olhar distinto, qualificado, imperioso sobre o real e se
estrutura de uma forma que deixa um eco no ar.
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