A literatura sobre a questão da educação da mulher é limitada e quase sempre tratada sob o aspecto do tratamento recebido na escola. Essas abordagens passam por índices de frequência ou matrícula, exigências de cumprimento de grades curriculares ou diferenciações de tratamento do menino para a menina, por parte da própria escola ou dos professores. O autor deste trabalho vai além. Procura pensar a educação da mulher não só sob o aspecto escolar, como também no seio familiar e na sociedade de uma forma geral. Procura também perceber as consequências da atuação destes segmentos na personalidade feminina e os resultados disso causados na dinâmica social dos seres humanos. A situação da mulher na sociedade não é cômoda. Vítima de violências e pressões morais a mulher, em última instância, é a responsável pela educação tanto de futuros homens e futuras mulheres. Estará, então, a mulher (a mãe, a avó, a tia ou a professora) produzindo seu próprio algoz? Essa é a questão central deste trabalho com vistas a uma sociedade mais justa. A relação de gênero na sociedade está vinculada ao processo de formação destes seres humanos. Mudando-se a forma de se educar estes seres, muda-se também a sociedade. Sintetizando poderíamos dizer que a mulher não nasce para ser vitimizada e o homem não nasce para ser machista. Tudo se resume ao processo de educação de todos.
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