Esta obra analisa diferentes representações da eutanásia a partir dos filmes Mar Adentro (2004) e Menina de Ouro (2004). A perspectiva teórica adotada se alinha com os Estudos Culturais a partir de autores como Giroux, Hall, Elizabeth Ellsworth, entre outros. As perguntas norteadoras da obra em tela são: O que esses filmes ensinam sobre a eutanásia? Como os filmes articulam e mobilizam discursos a favor dessa prática? Como os dois filmes, embora pró-eutanásia, articulam representações e discursos diferenciados? Desse modo, os enredos acabam construindo uma apologia da eutanásia, que se transforma numa pedagogia cultural na medida em que convoca o público/espectador a compactuar com esse ponto de vista. Por outro lado, essa convocação acontece nos filmes pela mobilização de discursos diferenciados. Ao passo que Mar Adentro institui uma aparente polifonia discursiva - caracterizada pelos discursos jurídico, religioso e familiar -, fazendo prevalecer o ponto de vista segundo o qual a vida só vale a pena se for vivida com dignidade, Menina de Ouro mobiliza um discurso ligado à ideia de que o que realmente importa é ser um vencedor. Assim sendo, o objetivo desta obra é compreender se ambos os filmes, apelando para a justificação (social, jurídica, religiosa e familiar), convencem os espectadores de que a eutanásia é a solução aceitável em contextos extremos, marcados pela perda da dignidade humana.
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