O foco principal desta pesquisa está na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro, e particularmente a relação conflituosa entre dois monumentos presentes nela: o Cais do Valongo, um dos maiores portos ancoradouros de navios negreiros vindos da África em funcionamento nos séculos XVIII e XIX no Brasil, reencontrado nas escavações de um projeto de revitalização da área em 2011; e o Museu do Amanhã, sucesso de crítica e de vendagem, inaugurado em dezembro de 2015 a uma distância de cerca de 1.000 metros do Valongo. Através de análises de meios de comunicação em massa, da historiografia pertinente ao tema, da documentação levantada pelas obras de revitalização e de trabalhos de campo constantes na área, procurei identificar e entender as estruturas de cada um dos lados envolvidos no que chamo inicialmente de dissonância entre as temporalidades (passado e futuro, representados pelos dois monumentos). Disparidade esta que se manifesta desde suas formações, em épocas diferentes do país, mas que se encontram e se evidenciam durante os anos recortados por este trabalho, que são de 2015 a 2019. Desta forma, procuro discorrer sobre os problemas, situações e questionamentos identificados, e como os trabalhei durante os dois anos do mestrado nos quais pesquisei e escrevi esta dissertação.
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