Viver é poetizar ventania e calmaria. Só calmaria vira pasmaceira, só ventania sufoca. A poesia alinhava uma coisa na outra. A beleza do viver está no equilíbrio, que sem um desequilíbrio possível graça nenhuma teria. Às vezes, o poema é turbilhão, outras, o turbilhão verte poesia. Cada um a seu modo. Impossível reduzir a som a infinitude de sentidos que assolam a alma nua. Porque é preciso despir-se do cimento e volatizar-se em versos e inversos sentimentos. A inversão faz parte da arte. É um virar da ampulheta, que enquanto se derrama em pó, a alma se desvela e afrouxa o nó, e se transcende. Tem poesia que vem como tufão, soco na cara dos distraídos, embebidos no vaivém de um mundo superficial. Tem vendaval que se transforma em brisa no sussurro de palavras que convidam a dançar.
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