A erística pode ser entendida como uma arte do falar e do argumentar, através de uma disputa verbal, que envolve um convencimento, mesmo que este convencimento seja apenas de modo aparente, através de argumentos plausíveis e não necessariamente argumentos verdadeiros. Isso pode ser observado tanto em Platão como em Aristóteles. Em Platão destacam-se os diálogos: Eutidemo, Mênon e Sofista. O Eutidemo destaca-se por abordar diretamente a erística, através de uma demonstração desta arte argumentativa na prática; o Mênon, por exibir a erística como detentora de poderes entorpecedores; e o Sofista, por ressaltar as singularidades do filósofo, do sofista e do erístico. Já em Aristóteles, o principal tratado é Refutações Sofísticas, onde Aristóteles sistematiza a erística, confirmando a definição de erística realizada por ele nos Tópicos, sendo possível destacar a influência do pensamento platônico sobre o pensamento de seu discípulo Aristóteles e o caráter educativo que a erística possui, especialmente para as pessoas que desejavam falar em público, como por exemplo nas assembleias e nos tribunais. É neste contexto da educação que a erística aparece como um ponto forte e positivo (inclusive nos dias atuais). Uma pessoa educada eristicamente torna-se habilidosa em formular argumentos plausíveis e com alto valor de convencimento, assim, consequentemente torna-se hábil em debater sobre qualquer assunto com qualquer pessoa, sempre conseguindo sucesso ou aparente sucesso no debate.
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