Sabe-se que o ensino fundamental no Brasil apresenta alta incidência de evasão escolar. Entre os problemas que justificam essa evasão, aponta-se para um processo de alfabetização que, em alguns casos, pode se estender por anos a fio. Com apoio na minha experiência clínica e na de outros fonoaudiólogos, afirmo com segurança que, dentre as dificuldades para com a apropriação ortográfica, existe considerável parcela de crianças que apresenta alterações relacionadas à questão distintiva da sonoridade, materializadas através das chamadas trocas surdas-sonoras. Essas trocas atingem a maioria das representações consonantais do Português e aqueles que as apresentam encontram uma desconfortável convivência com a comunicação escrita, com os decorrentes prejuízos para sua carreira escolar. Meu texto se desenvolve tendo como pano de fundo minha atuação profissional junto a um menino com histórico de repetência escolar. Com o atendimento terapêutico, o garoto fez grandes progressos em sua comunicação escrita. Uma questão, porém, resistia aos meus esforços de trabalho - eram as trocas surdas-sonoras. Em quase toda sessão terapêutica, eu dedicava uma atividade do programa a essas trocas. Mas o tempo passava e eu verificava situações de representação entre letra e som onde parecia não haver possibilidade de identificação. Busquei novas estratégias de abordagem ao problema e os resultados então obtidos mostraram que eu finalmente encontrara um caminho seguro para a recuperação do garoto.
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