As mudanças climáticas, suas causas e consequências são reconhecidas pela comunidade científica, governos, setor privado e a população em geral, que admitem a necessidade de reduzir as emissões, devido ao aquecimento global. A gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) gera gases de efeito estufa (GEE). O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climática (IPCC) aponta o setor de resíduos como potencial emissor pela geração do gás metano (CH4), que é até 28 vezes maior do que o dióxido de carbono (CO2). Esta pesquisa objetivou avaliar a contribuição do setor de resíduos na Região Metropolitana do Recife (RMR) às emissões de GEE e definir cenários de mitigação para cumprimento da Contribuição Nacional Determinada (NDC) brasileira, fruto do Acordo de Paris. Realizou-se uma pesquisa exploratória, com revisão literária, seguida de uma análise documental de acordo com os requisitos do modelo do IPCC (2006). Foram realizadas visitas técnicas e entrevistas com gestores municipais. A RMR tem uma área de 3.216.262 km², com uma população 4.054.866 habitantes, geração de 3.657.650,36 kg/dia de resíduos. Estimou-se que foram emitidas 25,4 milhões de tCO2e. Em uma análise comparativa entre os valores da NDC brasileira e aqueles encontrados nos cenários de mitigação, observou-se que seriam evitadas aproximadamente 36 milhões de tCO2e, pela disposição de RSU na RMR, equivalente a 52% de redução nas emissões em 2030, superior aos 47% assumidos pelo país no Acordo de Paris em 2015.
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