O cinema, na passagem da modernidade para a pós-modernidade, fica no interlúdio entre arte e estética, patrimônio contemporâneo da Indústria Cultural que, querendo ou não, precisa apostar hoje mais no ontológico do que no existencial. A cena moderna do crime foram os Cahiers du Cinéma, colocando na arena Truffaut e Godard, patenteando a paixão pelo cinema diante de uma estética tecnológica, cujo único álibi na pós-modernidade é a subjetivação. Entre o amor absoluto e relativo pelo écran como portal do infinito, origem e destino da humanidade entram no jogo cabalístico do pós-humano e da pós-verdade anunciada em 2001. De lá para cá, o discurso errático do neoliberalismo condiciona a experiência estética numa espécie de oráculo condicional. Esta coletânea convida a interpretar num horizonte de perspectivas estéticas parasitárias, de fagocitação, polarização, corrupção, negação e banalização, para reivindicar histórias sem fim feitas de frames, ligadas ao ethos musical e às interrupções insensíveis do real. Provocações do disruptivo na nova ordem audiovisual obrigam a considerar reinvenções artísticas, afeições narrativas aquém do mundo do espetáculo e além das fronteiras do preconceito. Salvaguardando os princípios da ética e da estética no cinema arte.
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