O ponto de contato entre os estudos do presente volume é aquilo que, com o tempo, fomos entendendo e definindo como expressões do moderno na cultura pátria. O processo começa efetivamente com a renovação da consciência crítica brasileira ocorrida a partir das décadas de 1920/30, consciência que passa, então, a valorizar nossas especificidades, reelaborando-as em torno de novos modelos de análise e interpretação. Ao redor desse ponto de partida, consideramos a narrativa, nos termos de suas variantes literárias e históricas, como o repositório que questiona, modifica e faz desprendero automatismo e o desenvolvimento habitual do sentido. Por essa via é queprivilegiamos autores como Cyro dos Anjos, Erico Verissimo, Pedro Nava, Antonio Callado e Milton Hatoum. Com eles, referimos um conjunto de relatos interessados em questões acerca de quem e de como somos. No percurso, para compreender e explicar tais questões, escavamos o peso simbólico e relacional de conceitos como ficção/memória, localismo/cosmopolitismo, ficção realista/romance histórico, termos que não poderiam se determinar sem a designação do ato de narrar compreendido em sua expressão discursiva, ética e estética. Pedro Brum Santos, Márcio Miranda Alves, Ana Cláudia de Oliveira da Silva e Ronan Simioni buscam demonstrarque, no caso do Brasil, diversamente do que ocorrera com o paisagismo idílico do XIX, no transcurso dos novecentos, sob a chancela dessa consciência moderna de existência, o trato de identidade e sociedade recobriu-se dos fatos da vida e, não raro, apontou a ação política presumível para transformá-los.
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