Este trabalho objetivou analisar a possibilidade de a disciplina Filosofia da Educação contribuir para que os educandos queiram e construam sua autonomia. Teoricamente, a investigação apoia-se no processo de autocriação da sociedade e da fabricação de seus indivíduos, nas dimensões imaginárias e conjuntista identitária. Para melhor compreensão da disciplina, buscou-se a sua instituição na formação dos educadores, com análise do monopólio legislativo do Estado na educação, a institucionalização da formação dos professores e a tentativa de cientismo da educação. Em virtude de a organização, estrutura e conteúdo dessas disciplinas não potencializarem a interrogação e nem a possibilidade de construção de sua autonomia pelos educandos, consistindo tão somente em discurso de autonomia e fabricação da heteronomia, este trabalho fundamentou-se no pensamento de que a única Filosofia da Educação que pode contribuir para a construção do sujeito reflexivo e deliberante, e do espaço democrático, é a que provoca nos educando o desejo/querer de se interrogar incessantemente. Foram propostas para tal disciplina as seguintes diretrizes: a instalação de uma crise das verdades e certezas dos educandos que pode e deve gerar nos mesmos a manifestação do desejo/querer autonomia, a construção de um projeto, a interrogação ilimitada de si e da sociedade - das significações imaginárias sociais e a prestação de contas pública pelo educador de sua prática etc.
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