O livro Formação em Esquizoanálise: pistas para uma formação transinstitucional segue as indagações de minha prática clínico-política de intervenção e formação e as de um campo transversal, dispersivo e múltiplo que designamos como esquizoanálise, saber originalmente criado por Félix Guattari e Gilles Deleuze. Nele costumeiramente nos interrogamos: "se existe algo como um esquizoanalista, como ele se forma?". A pesquisa que dá origem a este livro teve como objetivo analisar a formação clínica do Instituto Brasileiro de Psicanálise, Grupos e Instituições (IBRAPSI), criado em 1978 e findado em meados da década de 1990, tomando-o como um caso produtor de pistas para uma formação em esquizoanálise. Foram feitas 15 entrevistas inspiradas pelo método da cartografia com os egressos daquela instituição, redigidos diários de campo e extraídos, desses diários, núcleos argumentais que deram base aos capítulos. Encontrei no IBRAPSI aquilo que designei de dispositivo pentapartite da formação, a partir do qual, passando por muitas análises e teorizações, propus que uma formação em esquizoanálise deve ser feita por meio de n dispositivos em variação. Juntamente à forma, encontrei o problema do excesso institucional, advindo da maquinação erótico-thanática da instituição, promovendo mitificações, ressentimentos, cisões e centripetismo. Sem a pretensão de eternidade, mas com compromisso político-formativo de inclusão do excesso, surge a necessidade de mantermos, na formação, dispositivos esconjuratórios ou de autoanálise. Por fim, a conclusão de três princípios para a formação em esquizoanálise: a transversalidade relacional, a transdisciplinaridade epistêmica e a transinstitucionalidade dos dispositivos que se conectam, excedendo as organizações, institutos e escolas.
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