Neste livro, o psicanalista Gilson Iannini parte de uma pergunta aparentemente banal: o que significa ler Freud hoje, em pleno século XXI? Diante das novas formas de subjetividade, de novos usos dos corpos, de novas formas de sofrimento e de novas tecnologias, a psicanálise não seria uma obsoleta peça de museu? Estaria a psicanálise à altura das exigências da contemporaneidade? O autor se fundamenta em experiências concretas para propor uma definição minimalista de psicanálise, condizente com o século XXI, mas sem ceder a modismos. Aborda temas sensíveis, como sexo, raça e classe; desloca lugares comuns do ensino de psicanálise, e também de sua crítica; ajuda a desmontar falsas dicotomias, como a que separa natureza e cultura. Mostra que a meta de uma análise nunca foi a de devolver ao sujeito as capacidades de "amar e trabalhar", mas de curtir/fruir/gozar e produzir/realizar. De sonhos à inteligência artificial, o livro oferece ao leitor um panorama inovador da psicanálise e de sua interface com os saberes contemporâneos. "Infamiliar, nômade, errante, a psicanálise nasce a cada vez que um ser falante se entrega ao convite de falar livremente e encontra um psicanalista disposto a ouvi-lo nessa escuta tênue, que não é atenta nem dispersa, mas flutuante. Ela nasce quando um analista consegue devolver alguma cor e magia à empalidecida palavra. E ela nasce sempre disposta a morrer."
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