O setor de transportes é uma atividade econômica, em que governo e empresas atuam na gestão territorial. A infraestrutura inerente a esse setor necessita de grandes e eficientes financiamentos para viabilizar a movimentação de pessoas e mercadorias, a fim de garantir o escoamento da produção e a conexão entre diversas localidades. Dessa maneira, os aeroportos são parte da infraestrutura, funcionando como pontos no território que viabilizam a entrada e a saída de produtos e cidadãos de um espaço geográfico a outro, conectando-os. A partir dos anos 2000, o Estado brasileiro passa a considerar outros modelos de gestão aeroportuária devido a problemas relacionados ao setor aéreo naquele período: atrasos e cancelamento de voos (apagões aéreos) e acidentes. O governo federal constatou, por meio de estudos e consultorias contratados para diagnosticar o setor, que a infraestrutura aeroportuária brasileira não suportava a demanda por seus serviços. Dessa maneira, o poder público decidiu pela concessão dos aeroportos à iniciativa privada atuando, porém, na regulação econômica, visando à melhoria dos serviços e mais investimentos no setor. Este trabalho analisa o processo de concessão no Aeroporto Internacional de Brasília, levando em consideração o contexto geográfico e histórico da evolução dos transportes no Brasil.
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