Um romance que se insinua como um pedestal brasileiro de bom-gosto. Não é assim comum que um autor de natureza erudita, como é o caso de Humberto Henriques, entre por esta senda de assuntos populares. O futebol como memória de um tempo em que ainda não havia a deturpação proposta pelos links e negociatas feitas por aqueles repórteres de plantão, dentro dos corredores de redes de televisão, todos a postos para garantir o lucro e propor a destruição do esporte em nome de fundamentos de dividendos. "Grito" cuida do futebol em sua intimidade. Busca a paixão pelo esporte e nunca a sucessão de fenômenos comerciais, aqueles que destruíram o futebol como marca de um mundo e de um povo sofrido. Esse mesmo povo que espera por mais quatro anos para ver mais uma Copa do Mundo, torce pelo seu time, sofre feito condenado, a ilusão que vai ver um jogo honesto, porém, que já está negociado com uma grande empresa de artigos esportivos. Jogo vendido. O Brasil perde mais uma copa. "Grito" é um romance sui-generis. O romance trafega em torno dos movimentos existenciais de um atleta que está a mostrar a pureza de seu futebol, quando está na prática do jogo de várzea. Ou na simples diversão da pelada num campo qualquer de bairro. Nessas condições, a atuação do atleta é uma; porém, depois que assume o papel de material a ser negociado, a sua vida se transtorna. Um livro que foge de todos os esquemas propostos anteriormente, fixado nas alturas do torcedor que sonha e se ufana de seu time.
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