Grotowski permanece atual nas bases que define para o ator: "Que resistências existem? Como podem ser eliminadas? Que só permaneça dentro dele o que for criativo. Trata-se de uma libertação". O que é essa "força criativa" que deve permanecerno ator quando a suposta "eliminação" das doxas corpóreas for realizada? E o próprio Grotowski nos responde: "Se se pede ao ator para fazer o impossível e ele o faz, não é ele - o ator - que foi capaz de fazê-lo. É seu homem que o faz". Esse "seu homem" não pode ser confundido com uma essência humana totalizante, mas como um grau de potência de afetar e ser afetado. Esse homem - enquanto grau de potência - torna-se, para Grotowski, um homem relacional e uma potência construtora presente, uma usina intensiva. Um homem-ator que busca potencializar de forma alegre e positiva suas relações. Alegria deve ser entendida em sua forma-Espinosa: enquanto aumento de potência no encontro. Este livro de Lidia Olinto nos mostra a busca incessante de Grotowski por esse ator-homem que procura incansavelmente uma ética de alegria, tendo como base os três mais famosos espetáculos da década de 60: Akropolis, O Príncipe Constante e Apocalypsis cum Figuris e, como tema central, o paradoxo precisão-espontaneidade. Um livro necessário! (Prof. Dr. Renato Ferracini Unicamp)
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.