Segunda-feira, 15 de maio de 2006, foi um dia aterrador em São Paulo. Cidadãos, delegacias, penitenciárias, policiais, prefeitura e governo do Estado foram encurralados. Instalou-se um clima de pânico generalizado na capital paulista. Bancos, escritórios, escolas, lojas e o sistema de transporte público encerraram suas atividades antes das 18:00. O responsável pelo pânico generalizado: ataques contra as forças policiais, incêndios a carros e ônibus realizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Esta obra apresenta o caminho que levou o PCC a atingir tamanho grau de influência no sistema carcerário e nos bairros periféricos, culminando na paralisação de São Paulo. Essa influência proporcionou as condições para o clima de terror no dia 15 de maio de 2006. Fundado após o "Massacre do Carandiru", o PCC estabeleceu um senso de disciplina e lealdade sem precedentes dentro da comunidade carcerária paulista. Essas características foram responsáveis pelos ataques em maio de 2006. Este texto é resultado da análise do estatuto e do manifesto do PCC, entrevistas com dois membros da organização, com o Secretário de administração penitenciária da época, Nagashi Furukawa, com a jornalista que denunciou a existência do PCC, Fátima Souza, e com uma policial e ex-agente carcerária. Em 15 de maio de 2021, os ataques do 15, codinome do PCC, completaram 15 anos. Venha conhecer como isto foi possível.
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