Ao longo da década de 1980, testemunhamos uma expansão enorme e uma preocupação com o abuso sexual infantil - principalmente na mídia. Todos os dias, jornais, revistas e televisão nos bombardeiam com histórias de abuso sexual infantil. Dizem-nos ser algo muito mais comum do que houvéramos nos apercebido. Somos advertidos que esses criminosos são muito talentosos e astutos; com frequência eles atuam debaixo de nossos narizes e não deixam rastros de seus atos nefastos. Podemos apenas nos perguntar sobre o que está acontecendo. Será mesmo verdade que o abuso sexual infantil é tão disseminado como alguns proclamam e que estivemos inocentes ante tal terrível perigo? Alguns argumentam que muito da obsessão pelo abuso sexual infantil seja campanha publicitária ou histeria coletiva e que a comprovação de abuso sexual infantil seja relativamente rara. Em contraste, outros sustentam que uma criança que declama ter sido sexualmente abusada deve estar dizendo a verdade. 'Crianças nunca mentem' sobre tais assuntos - dizem esses - porque uma criança não se expõe diretamente a informações acerca de encontros sexuais e, portanto, se tal descrição é feita, provavelmente é válida. 'Acreditem nas crianças' tem sido o chavão de muitos desses casos. Aqueles que defendem que muitas das alegações infantis são fantasiosas, distorcidas, ilusórias e/ou que tenham sido induzidas por um adulto são vistos com suspeitas e frequentemente condenados na base do grito.
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