Os livros Sertões, Homens de Ferro, Cidades de Barro e Histórias que não foram bem contadas apresentam narrativas independentes e complementares. O objeto de pesquisas e textos dos autores foi, ao longo de muitos anos, as regiões de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e a construção de uma sociedade fronteiriça num dos mais extremos sertões brasileiros, desde o século XVIII. O ponto de partida para a compreensão e explicação dessa história foi a opção pela dimensão sistêmica que permite a articulação ao eixo externo capitalista. Dessa forma, entende-se que apenas a abordagem metodológica que estabelece a relação entre o universal e o singular pode esclarecer a formação da sua sociedade múltipla e diferenciada nos sertões do Oeste brasileiro. Os autores explicitam ainda fatores intrínsecos que explicam a trama histórica desse território que são: a concentração de poder como base do coronelismo, a ausência de agências reguladoras do Estado que permitiu a vigência do banditismo endêmico e a violência extrema na luta pela posse de terras. Essa violência estrutural expandiu-se pelos séculos XIX e XX, desencadeando lutas permanentes até a criação do Estado de Mato Grosso do Sul.
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