Vivemos um tempo de desobediência. Não necessariamente por uma rebelião, mas por afrouxamento dos valores ou por falta de zelo com a Palavra de Deus. A rebelião moderna se dá "naturalmente", no campo ideológico, travestida de senso crítico. Em "Icabode", Rubem Amorese mostra as três forças da modernidade e seu efeito devastador sobre a igreja: a pluralização (o império das diferenças), a privatização (o império das indiferenças) e a secularização (o império dos sentidos). A igreja vê-se diante de uma nova realidade ameaçadora, mas que tem uma característica peculiar e incomum: não se trata de um inimigo, pelo menos no sentido em que os outros mostraram-se na história. Trata-se mais de um aliado que oferece vários recursos considerados imprescindíveis para o avanço do evangelho. É exatamente aí que mora o perigo. Ao criar uma nova atmosfera de possibilidades e realizações, tira da igreja a capacidade de discernir os acontecimentos à sua volta. E devagar, sem que ela perceba, vai minando suas bases, até comprometer sua identidade. Tivesse Eli ouvido o aviso de Deus a respeito de seus filhos, Icabode ("foi-se a glória de Israel") não teria sido seu neto órfão. É preciso ler "Icabode", antes que Icabode sejamos nós.
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