Esta obra busca apontar a diversidade do cristianismo oriental paulistano, debruçando-se sobre as Igrejas Orientais. Essas instituições estão associadas a comunidades imigrantes que vieram para São Paulo desde o final do século XIX até a segunda metade do século XX. Entre os grupos cristãos orientais emigrados para a cidade estão árabes, armênios, gregos, russos e ucranianos. Essas comunidades estão divididas em doze Igrejas localizadas em diversos pontos da região metropolitana. A pesquisa apoia-se em depoimentos coletados entre os membros do clero de cada uma dessas Igrejas, alguns fiéis cristãos orientais da cidade e bibliografia acerca da experiência histórica dessas instituições em outras partes do mundo. Longe de ser algo cristalizado, apresentando Ritos e peculiaridades do antigo cristianismo, as Igrejas Orientais na cidade de São Paulo estão inseridas no dia a dia da metrópole. Essas Igrejas pretendem mediar seu passado, associado com a manutenção da fé e cultura das comunidades imigrantes, e a vivência de sua situação paulistana atual. Uma situação em que a primeira geração de imigrantes diminui devido ao envelhecimento e aos fluxos imigratórios que não se renovam. As Igrejas Orientais, de acordo com os depoimentos de clérigos e fiéis, vivem um momento reflexivo de sua trajetória na metrópole. No entanto, o trabalho não deve julgar qual Igreja preserva melhor o passado, mas compreender que elas fazem parte do cotidiano da cidade. São Igrejas Orientais paulistanas, portanto, sua situação perpassa apropriações que melhor respondem à sua experiência em São Paulo.
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