Em continuidade às pesquisas sobre a improvisação teatral, o autor avança para além dos palcos, deslizando por públicos e plateias que são instigados a ter vez, voz e voto. O foco da investigação repousa sobre o século XX, quando se registra grande preocupação com o espectador do teatro, de forma a remodelar seu posicionamento na cena, sendo, inclusive, incentivado a atuar. As teorias e práticas erigidas pelos diretores Jacob Moreno, Augusto Boal e Keith Johnstone rompem substancialmente com as convenções do teatro tradicional e censuram o enquadramento imposto pelo teatro clássico grego. Suas propostas invocam o teatro primitivo, ainda sem funções definidas, liberto de normas, festivo e participante. Nessa referência ancestral estariam presentes a espontaneidade e o improviso dos envolvidos, dois temas visivelmente caros e fundamentais na prática dos diretores acima mencionados. O leitor poderia indagar se esse retorno às origens, somado à entrada do espectador na cena, utilizando-se basicamente da improvisação como o motor propulsor da encenação, não descaracterizaria o teatro, inaugurando, desse modo, outra modalidade de arte. São os próprios diretores que antecipam a resposta para tal inquirição. E para conhecer suas razões, convida-se à leitura deste livro.
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