É insistindo em remar contra a corrente, quando lhe dizem que deveria parar de sonhar, que o autor continua, insistentemente, a fazer da sua escrita sua arma e seu ofício de amor ao outro. Sobretudo quando segue acreditando no poder das palavras, em sua forma de poesia, para alcançar a tão sonhada quimera de construir uma nova sociedade, onde a gentileza e o bem querer sejam seus vetores principais no sentido de torná-la mais humana, justa, igualitária e fraterna. E é expressando por meio de enormes turbilhões de sentimentos e emoções, das lembranças dos tempos idos e vividos, das muitas recordações que, por vezes, fazem doer profundamente a alma e o coração, que torna sua poesia uma fonte de resistência e resiliência que o leva a continuar e continuar… E, principalmente, a sonhar e a viver.