Este livro trata dos discursos sobre a loucura feminina no cinema de terror estadunidense das décadas de 1960 e 1970. Tomei de empréstimo as categorias foucaultianas de dispositivos e práticas discursivas para analisar de que forma os diferentes enunciados sobre gênero e loucura podem ser percebidos nos filmes O que terá acontecido a Baby Jane? (1962), baseado no livro de Henry Farrel e dirigido por Robert Aldrich; O bebê de Rosemary (1968), adaptado do livro de Ira Levin e dirigido por Roman Polanski; e O Exorcista (1973), inspirado no livro de Willian Peter Blatty e dirigido por William Friedkin. Os filmes são tratados aqui como documentos históricos e pesquisados através da análise das tecnologias de gênero. O intuito foi verificar se o cinema de terror deu seguimento a uma tradição muito antiga de ligar as mulheres, discursiva e imageticamente, ao mal e à anormalidade analisando também de que forma o medo pode ser instrumentalizado a partir dos estereótipos da loucura feminina criados pelos discursos médico-psiquiátricos do século XIX. Ao focar no cinema norte-americano das décadas de 60 e 70, busquei evidenciar que foi em um contexto de intensas lutas sociais por direitos que alguns dos maiores clássicos deste gênero foram criados. Temas associados ao feminino como a maternidade, sexualidade, comportamento e aparência foram analisados por meio dos Estudos de Gênero, da História Cultural, História das Mulheres e da Loucura.
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