A versatilidade de José Benedito de Souza Freitas, rara em nossa literatura, produz poemetos sabor tutti-frutti, com suas aliterações, assonâncias e rimas. Os contos relâmpagos e os "causus" vividos e sofridos, alguns deles, assemelham-se a aventuras oníricas por não parecer coisa do mundo real. No final, quando o antirromance deságua no oceano e se choca com as ondas da maré-alta, o cronista já não é mais o "poeta" cordial e iluminado. Abandona o José e o Benedito. Assume de vez a identidade JB de Souza Freitas e esquece as epifanias tropicais. Torna-se um sujeito enfezado e intranquilo que utiliza o nonsense, a ironia e o protesto como armas. A irreverência aprofunda-se com a idade. Ele parece berrar como um alemão da Pomerânia: "É tudo die alte scheisse! " (a mesma merda). A leitura chega ao fim e sentimos que o livro não acabou. Fica a sensação de que sobram infâmias a fustigar.
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