O livro discute o Sagrado e como a filosofia o transformou em divino em sua necessidade de entendê-lo para, consequentemente, exercer seu domínio sobre ele. Tendo sempre como base o pensamento da filósofa espanhola María Zambrano, o texto parte das origens do Sagrado, passa pelas correntes filosóficas, pelo nihilismo e pela morte de Deus. Discute o conceito de "piedade" e a interpretação que a filósofa faz do Livro de Jó. O texto aprofunda a Razão Poética, uma razão que é ainda razão, mas que não perdeu a poesia em sua forma de trato com o mundo e sobre a qual Zambrano erige o seu filosofar. As obras de María Zambrano têm uma abordagem circular como gomos de uma laranja que se complementam sem que haja a precedência de um sobre outro. Mas também tem a Espanha, pano de fundo onde se apoiam todos os gomos, casca que une e envolve o fruto. Dessa forma, falar de seus escritos é falar de tradições, do canto que sai das vozes, da mão que pinta e da pena que escreve a vida de dentro e de fora. A filósofa espanhola María Zambrano fez da filosofia a sua vida e sobrevivência. A base de todo seu pensamento é a Razão Poética, não um conceito aprisionador, mas a força libertadora da poesia que, enlaçada à razão, faz a vida ser percebida e sentida em sua plenitude.
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