O objetivo desta tese foi analisar como ocorre a sustentabilidade na comunidade Quilombola Vó Elvira, localizada no Município de Pelotas/RS, sob a compreensão da memória social e do etnodesenvolvimento. A metodologia caracterizou-se como estudo de caso, de natureza aplicada e descritiva, com abordagem de cunho qualitativo, sendo analisados dados secundários segundo a análise temática. Os resultados das análises apontaram que os integrantes da comunidade quilombola Vó Elvira enfrentam diariamente um racismo pouco sutil em contextos coletivos como universidades, bancos e lojas, sendo a eles atribuído um espaço intersubjetivo de não merecimento, caracterizado como um mecanismo de negação da sociedade que se recusa a aceitar o negro como uma pessoa igual ao branco em termos de comportamento, pensamento e emoção, o que dificulta a sustentabilidade. A criação e institucionalização do Comitê Gestor Quilombola de Pelotas foi um dos principais avanços em termos de sustentabilidade para a Comunidade Remanescente Quilombola (CRQ) Vó Elvira e para os quilombolas de Pelotas, por meio do qual conseguiram a abertura de poços, facilidade para a comercialização de produtos agrícolas, direito ao Talão de Produtor Rural, entre outras. Percebe-se que premissas do etnodesenvolvimento norteiam ações do Comitê, uma vez que levam em consideração a diversidade cultural das comunidades, seus conhecimentos e linguagens.
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