As transformações econômicas e tecnológicas ocorridas a partir de 1950 mudaram substancialmente a maneira de viver, de enxergar a vida. O eixo do capitalismo, até então ocupado pela indústria, é deslocado para o consumo. O protagonismo do consumo é fundamental para entender as transformações impostas à sociedade. A necessidade de controlar o que é consumido, para sustentar a reprodução ampliada do capital, se manifesta no cotidiano. Entretanto, práticas sociais e representações tradicionais emergem como resistência às incursões capitalistas no universo camponês. Para entendê-las, o conceito modo de vida é substancial, devendo ser entendido a partir de uma perspectiva ampla, em seu conjunto de relações que lhe conferem sentido. Este livro redefine o conceito de modo de vida dos camponeses, tendo como meta entendê-los para além da classe social, como um modo de vida composto pela tensão entre as consequências da expansão das relações capitalistas no campo e a resistência dos costumes e práticas sociais, que ora estão subordinados à lógica hegemônica, ora a subverte. Para isso, o autor partiu de uma minuciosa pesquisa sobre as definições de modo de vida no pensamento social moderno. Em seguida, analisou as principais referências analíticas sobre o campesinato no pensamento marxista, produzidas entre o final do século XIX até o início do XXI, buscando identificar as contribuições e os limites das mesmas para pensar os processos de permanência e reprodução do campesinato atual.
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