A mulher escritora percorreu, ao longo da vida, caminhos diferentes daqueles percorridos pelos homens. Ela foi vítima de uma sociedade machista e excludente, que lhe negou o direito educacional, papel essencial para garantir, além de visibilidade e profissão, o reconhecimento de ser mulher e de estar engajada em causas sociais em prol da sociedade. Foi rejeitada como escritora, teve, na verdade, o seu nome apagado, pois não era prudente que a mulher se enveredasse pelos caminhos de uma história que o homem escreveu. Neste percurso, as escritoras engendram, principalmente, as questões que dizem respeito à morte, ao corpo feminino, sem perder de vista as vozes biográficas que parecem funcionar como uma espécie de pano de fundo para a escritura ficcional. A propósito, a estrutura da obra foi organizada em três capítulos. Tratando, no primeiro capítulo, da trajetória dos estudos de gênero no Brasil, problematizando a literatura de autoria feminina; no segundo capítulo, abordou-se a representação da mulher escritora, explicitando as reflexões sobre a linguagem que promove a visibilidade política das mulheres na esfera pública. Há, nessa parte, uma descrição da relação que se estabelece entre a história e a ficção, em que as vozes femininas se imbricam na enunciação; no terceiro capítulo discutiu-se as vozes narrativas, identificando os conflitos pelos quais passam as mulheres escritoras representadas nos contos: o suicídio, o amor, a solidão, enfim, os dramas por elas sofridos.
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