A tradicional estrutura dicotômica da sociedade e a consequente divisão das atividades refletem-se na esfera da política institucional, majoritariamente masculina. Diante disso, considerando a sub-representatividade de gênero uma questão a ser superada por vários países, em especial o Brasil, onde as mulheres ainda não foram além de 16% da composição do Poder Legislativo, e com o propósito de se responder à seguinte pergunta: "de que modo o Estado brasileiro pode lançar mão de ações afirmativas, as quais pretendem estabelecer uma igualdade material, a fim de que seja alcançada a paridade de gênero na política institucional?", a presente pesquisa se desenvolve a partir da metodologia analítica e das técnicas de pesquisa de revisão de literatura e pesquisa documental. Efetivamente, defende-se que a arena institucional da política brasileira seja mais diversificada assim como o tecido social se apresenta, de modo que, com mais diversidade, as características peculiares da sociedade sejam refletidas nos debates públicos promovidos pela politização de novos temas. Nesse sentido, o trabalho considera a baixa efetividade das cotas de candidaturas de gênero adotadas pelo Brasil há mais de 25 anos e argumenta em prol de uma maior inserção feminina na esfera político-deliberativa por meio da combinação de mecanismos afirmativos, apresentando-se como caminhos potencialmente capazes de alterar tal quadro, com as devidas ressalvas, a adoção da lista fechada e a reserva de assentos.
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