O foco central deste estudo são o conhecimento sobre plantas medicinais por parte das idosas sem escolaridade formal e os valores etnopedagógicos que elas utilizam na transmissão desse conhecimento. A questão levantada foi: como é repassado para as novas gerações o conhecimento relativo ao uso curativo com plantas medicinais? Assim, o recorte "valores etnopedagógicos utilizados por idosas no processo de transmissão" deve-se à ligação direta entre a produção de conhecimento na cultura e à necessidade de discussão de um novo paradigma para a educação formal a partir da etnopedagogia. O eixo da discussão é a concepção de ciência e senso comum. A argumentação apoia-se nos seguintes pressupostos teóricos: primeiro: as idosas sem escolaridade formal produzem conhecimentos que são transmitidos no decurso de gerações, conhecimentos esses resultantes de uma cultura de classe, da história de vida e de luta, marcada pelo seu lugar na produção social de bens e serviços. Conforme esse pressuposto, a concepção de cura de doenças com plantas medicinais, pelos conhecimentos dos mais velhos, tem valor maior que os "remédios de médicos". Segundo: a eficácia apresentada por algumas plantas medicinais faz parte do cotidiano destes sujeitos (idosas) e vem sendo validada pela experiência de gerações sucessivas. Terceiro: refere-se à relação dos saberes das idosas com a educação formal, que é reorganizada pelo conhecimento das novas gerações.
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