Não existe a máquina do tempo é um livro predominantemente minimalista e romântico. O autor já tem outros nove livros publicados, todos de poesia. Embora, às vezes, se aventure na crônica e mesmo no conto, é na que poesia que ele se deleita e se encontra. Neste livro, especificamente, Roberto Caroli, salvo algumas exceções, optou por poemas curtos e mesmo micros, de forma livre e pós-moderna. O poeta teve a preocupação de, a princípio, deixar as formas poéticas como Aldravia, Quinta, Poetrix etc, separados por partes no livro. Só que a poesia, assim como a água, gosta de criar o seu próprio percurso. Por isso, há sim uma separação em partes e uma mistura enfim. Alguns poemas são densos, dramáticos... outros são leves até demais! Uns querem levar uma mensagem e talvez não consigam. Outros, não têm nenhuma intenção de levar uma mensagem, no entanto talvez a levem. A poesia funciona assim mesmo, não depende do poeta e sim do leitor, se há ou não uma mensagem. Quando isso ocorre, o poema cumpriu seu objetivo e desejo: tocar no coração ou na consciência do leitor tornando-o um cúmplice ou, se preferir, um coautor. Seja como for, que você leitor, possa ser um cúmplice, um coautor, ou melhor: um propagador da poesia contida neste livro. Boa leitura, boa viagem poética!
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