Como desfazer o que me tornam?" Com esta e tantas outras indagações, Jota Mombaça aponta horizontes que vislumbram a importância de existir e performar em meio às feridas deixadas pelo colonialismo. Não vão nos matar agora é um espaço de experimentação, fazendo da palavra e do corpo ferramentas de crítica, potência e combate. As reflexões forjadas neste livro testemunham uma produção de conhecimento original e interdisciplinar, permeada por tensões permanentes em que a autora busca repensar o mundo como o conhecemos, propondo alternativas e transformações rumo ao novo. Trata-se, pois, de afirmar a resistência dos corpos vigiados por sistemas de controle. Corpos - e corpas - que seguem de pé apesar das adversidades de um ambiente dominado por padrões opressivos, pela obsessão em rotulá-los e negá-los, na inútil tentativa de capturá-los. "Eu me lembro de trabalhar como se estivesse correndo. Correndo rumo a uma ilusa~o de conforto e estabilidade, a tentar salvar-me de coisas das quais na~o posso ser salva. E eu tambe¿m lembro de trabalhar como se eu pudesse alcanc¿ar a velocidade necessäria para cruzar pontes ainda na~o erguidas; como se, correndo, eu pudesse existir entre mundos assime¿tricos." A publicação inaugura a coleção Encruzilhada, da Editora Cobogó, que, com coordenação de José Fernando Peixoto de Azevedo, doutor em Filosofia e professor da ECA/USP, pretende ser um panorama de títulos de autores nacionais e estrangeiros que abarcam temas contemporâneos como o antirracismo, os feminismos e o pensamento descolonial. Autores que refletem o presente buscando lançar luz sobre como os processos, na medida em que são enfrentados, compreendidos e transformados mudam a percepção histórica.
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