A presente obra tem como objetivo uma estudo do romance Maggie: a girl of the streets, de Stephen Crane, publicado em 1896, pertencente a estética naturalista, tendo como foco a representação da cidade de Nova Iorque em fins do século XIX, quando a modernidade e suas inovações são acompanhadas pela literatura, buscando entender quais discursos imortalizaram essa cidade, dentre eles, o posterior epíteto Big Apple, adentrando na cidade transfigurada da realidade nova-iorquina onde circulam as personagens de Crane. Como principais desdobramentos, foi possível compreender como na narrativa do autor o espaço citadino foi encenado em conjunto com o processo de construção identitária das personagens, principalmente Maggie, e como os discursos sobre o urbano se articularam a partir dela. Assim, estudamos a representação da cidade de Nova Iorque, por meio da ficção, bem como o processo articulatório relacional existente entre os fatores históricos, ideológicos e culturais na formação discursiva ficcional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter bibliográfico. A pesquisa foi desenvolvida através da leitura da obra literária, em tela, e de outras fontes que serviram de aportes teóricos para a fundamentação e escrita deste trabalho, visando a uma proposta de estudo na área da Linguística Aplicada (LA) e Literatura. Foram alcançados os seguintes resultados: compreensão das duas cidades construídas por Crane: a real e a simbólica, idealizada por Maggie; entendimento do quão as duas cidades e seus discursos são determinantes para a formação identitária das personagens, notadamente de Maggie; reconhecimento de Nova Iorque como uma cidade icônica na obra escrita por Crane; apreensão do espaço citadino e seus discursos encenados e articulados a partir da formação identitária de Maggie e seus deslocamentos pelas suas duas cidades. Para tanto, entre outros teóricos, foram utilizados os seguintes autores: Moita Lopes (1996, 2006), Williams (2000, 2007, 2011), Geertz (2008), Volóchinov ([1929], 2013), Bakhtin (2000), Hall (2006, 2009), Maingueneau (2002, 2006), Orlandi (2001, 2004), Berman (1986, 2009), Foucault (1999, 2000, 2005, 2008, 2012), Benjamin (1985), Barthes (1987), Guinsburg & Faria (2017).
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