A primeira vez que tive contato com a palavra "Ibiapaba", eu ainda era um menino que, fazendo a lição de casa, estava lendo "Iracema", de José de Alencar, poema-romance no qual o escritor, para introduzir o contato do homem branco português com os povos originários, fez saber que "as tribos tabajaras, d'além de Ibiapaba, falavam de uma nova raça de guerreiros, alvos como flores de borrasca, e vindos de remota plaga às margens do Mearim". Mal sabia que, na plenitude da minha maturidade, eu próprio me encontraria com outro guerreiro, desta vez não um visitante, mas um morador da Ibiapaba, um homem universal que optou por focar sua vida, seu trabalho, seus estudos, sua arte e suas preocupações nas questões da também chamada Serra Grande. O autor, Renê Iarley da Rocha Marques, inicia a obra apresentando mais do que um resgate histórico, evidenciando o lastro valorativo e afetivo que permite a auto e a heteroidentificação do povo indígena Tapuya-Kariri. Em seguida, entra em cena o jurista, que descreve e analisa os bens de natureza coletiva sob a ótica dos direitos culturais daquela comunidade. O autor também analisa o processo relativo à demarcação da Terra Indígena desse povo, tão cheio de filigranas e adiamentos. E conclui com a reflexão sobre a Terra Indígena Tapuya-Kariri como direito e recurso cultural. Por vários motivos, vale muito a leitura. Prof. Dr. Francisco Humberto Cunha Filho Professor do PPGD/UNIFOR Advogado da União
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