A sociedade colonial francesa da Indochina é mostrada em O Amante (1984), romance de Marguerite Duras (1914-1996), escritora francesa nascida naquela região. Sob a ótica da narradora, a obra revela nuances e contradições de um cotidiano vivido por ocidentais e autóctones e evidencia que o etnocentrismo europeu não foi capaz de comprovar os efeitos supostamente positivos de sua alegada superioridade racial e cultural. O romance, escrito bem depois do período da descolonização, ocorrida nos meados do século XX, revela o insucesso do empreendimento ocidental na Ásia em meio ao universo de contrastes sociais que envolvem europeus e nativos porque, ao focalizar os setores mais fracos e suas dificuldades, inverte os cânones do romance colonial tradicional, trazendo à tona a face transgressora da literatura.
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