O presente estudo busca compreender o conceito operativo da tese do anacronismo das imagens na prática curatorial de Georges Didi-Huberman (França, 1953), verificado na exposição itinerante ""Levantes"", apresentada em cinco países, entre 2016 e 2018, inclusive no Brasil (São Paulo), em 2017. O curador e historiador da arte Didi-Huberman fundamentou essa proposta curatorial na vertente teórica do anacronismo histórico, e consequentemente do anacronismo das imagens, aprofundada a partir de estudos de Carl Einstein (1885 - 1940), Walter Benjamin (1892 - 1940) e, sobretudo, Aby Warburg (1866 - 1929). Essa linha de pensamento representa uma grande contribuição ao campo das artes visuais. A autora selecionou três imagens exibidas em ""Levantes"" (oriundas do fotojornalismo), num universo de cerca de 300 obras. O percurso investigativo foi amparado pela noção do paradigma indiciário, apresentado por Carlo Ginzburg (1989), a qual busca encontrar nos detalhes evidências não óbvias para alcançar uma compreensão mais aprofundada da totalidade da exposição. A leitura do pequeno conjunto de imagens proposto pela autora, feita por meio de uma abordagem warburguiana, busca perceber as identificações iconográficas entre tempos e lugares distintos, procurando reconhecer relações culturais entre as três fotografias, cujos significados surgem conforme cada contexto de apresentação, em que incidem a memória individual e coletiva.
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