A ação decorre na Noruega, em 1862, quando ainda não existiam caminhos de ferro e as belezas naturais predominavam. É neste cenário paradisíaco que o leitor conhece as atribulações da família de um jovem pescador que, na iminência do naufrágio do seu barco, escreve à noiva a última carta de amor nas costas de um bilhete de lotaria. Lançado à água dentro de uma garrafa, e após várias peripécias, este bilhete - ao qual a crendice popular atribuíra a certeza de receber o prémio - acaba por cair nas mãos de um ganancioso usurário que seria, portanto, o eventual ganhador. Mas o mar desempenhará, desta vez, o papel benfazejo de mensageiro da justiça e da felicidade.