O livro O cabra, as metáforas animais e seus situamentos socioculturais lança um olhar sobre a instigante relação entre pensamento, linguagem e cultura, uma das questões mais debatidas no âmbito dos estudos linguísticos, antropológicos e filosóficos. A obra se propõe a discutir perguntas que intrigam a autora na condição de linguista. Por exemplo: em que medida o regionalismo "cabra" resulta das relações entre linguagem, pensamento e cultura? Por que comunidades como a nordestina entendem o homem em termos de cabra? Segundo o folclore sertanejo, não há doce ruim nem cabra bom. Já para o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre, o cabra seria o primeiro exemplar de um homem genuinamente brasileiro, isto é, um mestiço oriundo de etnias que se encontravam em solo brasileiro durante a colonização. No entanto, para os falantes residentes na atual Fortaleza, cabra seria apenas um homem qualquer. Dessa forma, a autora, ao analisar romances, peças de teatro, dicionários e dados de campo, conclui que os diferentes significados desse regionalismo seriam resultado de processos metafóricos responsáveis pela estruturação entre os domínios conceptuais SER HUMANO e animal CABRA, dada a importância sociocultural e econômica que esse animal tem na região.
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