Viajando separados naquele navio, os homens em um porão e as mulheres em outro, o casal de imigrantes jamais imaginaria o que lhes esperava e, o destino começava a deixar suas marcas, conspirando. Acometido de uma doença contagiosa, Santino viu seu pequeno varão, Cristiano, morrer durante a travessia. Quis novamente o destino, que em plena viagem, Federica desse à luz a uma menina. Ao atracar em solo brasileiro, a maior comoção tomou conta de todos os passageiros no desembarque, pois contrastando com a tristeza enorme de Federica, quando soube da morte do seu primogênito Cristiano, a alegria de Santino, quando veio a saber e conhecer a sua herdeira recém-nascida no navio. Trazendo seus parcos pertences em trouxas e sacos e, com os corpos exalando um suor forte, parecido com alho cozido, amorrinhados, medrosos, tristes e ao mesmo tempo esperançosos, descem pela escadinha nas lanchas que os levarão à terra. Batem com os pés no chão, como querendo constatar que de fato estão na Terra promissora. O Éden da fartura e da felicidade. O longo, duro e cruel tempo de travessia do Atlântico teria que ter valido a pena. A história foi feita, em situações vividas, inimagináveis, nunca antes relatadas, contará os feitos de uma gente no Novo Mundo, que deixará todos de queixo caído.