Para Neusa Santos Souza, "saber-se negra é viver a experiência de ter sido massacrada em sua identidade, confundida em suas perspectivas, submetida a exigências, compelida a expectativas alienadas. Mas é também, e sobretudo, a experiência de comprometer-se a resgatar sua história e recriar-se em suas potencialidades". Este livro narra a jornada de três homens, frutos de relações inter-raciais, em seus processos de reconhecerem-se como homens negros e resgatarem suas histórias. Por crescerem em espaços multirraciais e, por vezes, sofrerem racismo dentro da própria família branca, compreenderam o que significa identificar-se como negro tardiamente: a partir do contato com a violência policial, a violência no espaço de trabalho, a discriminação em espaços de lazer e socialização, o tratamento diferenciado na escola e as exigências desiguais. Entendendo que "ser negro é tornar-se negro", a partir dos relatos de Júlio, Timóteo e Miguel, podemos vislumbrar como, inicialmente, suas identificações raciais partiram de referências negativas sobre negritude e, visando o que cada um fez do que fizeram de si, esta obra apresenta, também, as superações e as potencialidades de ser um homem negro.
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