Num momento de radicalização ideológica no país, um livro sóbrio que mostra Paulo Freire para além dos estereótipos. "Chega de doutrinação marxista, basta de Paulo Freire!" Era comum encontrar frases assim nas manifestações contra o governo Dilma Rousseff, em 2015. Com a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, as críticas a Freire ganharam reforço contundente. O educador, perfil biográfico de Paulo Freire, traz sobriedade a esse debate contaminado pela polarização ideológica; recupera a experiência exitosa de alfabetização em Angicos, no Rio Grande do Norte, às vésperas do golpe de 1964; e conta em detalhe a perseguição que Freire sofreu dos militares. Depois vieram a prisão, o exílio, a fama internacional, as vivências na África, a volta ao Brasil após a anistia, a retomada da carreira acadêmica e a experiência como secretário de Educação em São Paulo. O livro ilumina aspectos pouco conhecidos da vida de Freire. Ele nunca foi comunista. Ainda é mais lido nas universidades do exterior do que nas brasileiras. Nunca pregou uma educação partidária nas escolas. Com discrição e generosidade, Sérgio Haddad, um dos mais importantes estudiosos da obra de Paulo Freire no Brasil, refaz o percurso do educador sem aderir à disputa ideológica, revelando as muitas facetas de um intelectual complexo e decisivo para a cultura brasileira.
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