Quando comento com alguém que sou professor dentro do Sistema Prisional a pergunta que me fazem é: "você não tem medo"? A lógica punitiva do estado brasileiro em relação às pessoas presas se estende para boa parte da população que vê no condenado um sujeito irrecuperável. A discussão do processo de ressocialização dos egressos do Sistema Prisional passa obrigatoriamente pelas condições oferecidas para que isso aconteça. A presente obra traz as reflexões de um educador na árdua tarefa de dar sua contribuição através do Ensino de Sociologia dentro da maior penitenciária feminina da América Latina. A relevância desta leitura se justifica não apenas pelo natural interesse na recuperação de qualquer ser humano, como também na oportunidade de conhecer o dia a dia de uma cadeia feminina pelos olhos de um educador. Este singelo estudo pretende colaborar com os esforços realizados até aqui por pesquisadPAULO CESAR LIMA Graduado em Ciências Sociais e História pela Universidade Cruzeiro do Sul, Pós-graduado em História da Arte pelo Centro Universitário Claretiano e em Projetos Sociais e Direitos Humanos pela Universidade FMU, Faculdades Metropolitanas Unidas. Mestre em Ensino de Sociologia pela Universidade Estadual Paulista, UNESP. Pesquisador de temáticas relacionadas a pessoas que cumprem pena em regime fechado e semiaberto. ores e interessados no tema. As peculiaridades do dia a dia de uma prisão de mulheres fazem parte da pesquisa que culminou em uma sequência didática para a compreensão do conceito de Alienação na perspectiva do pensador alemão Karl Marx.
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