O presente livro é uma análise crítica da evolução do conceito de Juízo Final nos séculos XIX e XX. Analisamos algumas perspectivas dos principais reformadores, como Lutero e Calvino. Discutimos alguns dos mais destacados teólogos e filósofos dos séculos XIX e XX. Discutimos os conceitos de transmitização e demitização. Destacamos que estes dois conceitos foram uma reação à teologia liberal do século XIX, segundo a qual todo conhecimento deve ser submetido ao crivo da razão cientifica, a fim de validá-lo. A leitura dualista do ser humano e da história foi conservada pelos Reformadores. A fé continuou sendo interpretada como obediência inflexível às normas da lgreja. O Reino de Deus Continuou sendo uma realidade a ser construída por Ele apenas. Tillich e Bultmann ressignificam os dogmas escatológicos. A escatologia deles reflete suas percepções sobre a origem e o fim da história e do ser humano. Para eles, a história não comporta aspectos atemporais ou extramundanos. Ainda que estes pensamentos tenham se fundamentado em princípios da teologia dialética, eles a superam quanto ao conceito de Juízo Final. Segundo os teólogos dialéticos Deus é um participante da história. Ao menos, duas novas teologias surgem da teologia dialética: a Teologia da Libertação e o Evangelho Social. A Teologia dialética concebeu um Deus vivo, mas inerte, preocupado, mas incapaz de se mover. Para as novas teologias, Deus tanto é vivo quanto é ativo e participativo da vida humana.
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