Embora seja inegável que o ceticismo tenha desempenhado um papel crucial na formação da filosofia moderna, ainda não está suficientemente claro o significado que essa vertente teve no período que vai de Montaigne a Kant. Combinando a exegese detalhada com uma perspectiva geral bem definida, este livro pretende apresentar uma interpretação original do ceticismo moderno. O princípio fundamental do ceticismo antigo, seja pirrônico, seja acadêmico, é o de que sempre se pode argumentar a favor de uma doutrina e contra ela com a mesma força persuasiva. Em toda questão filosófica, deve-se suspender o juízo porque a razão se acha dividida entre a afirmação e a negação. Os filósofos modernos retratados neste livro meditaram profundamente sobre esse que é o principal desafio legado pelo ceticismo antigo. Nenhum deles se contentou com a proposta cética da suspensão do juízo e, lançando mão do ceticismo contra seus adversários, todos propuseram novas doutrinas filosóficas. O ceticismo, porém, constantemente escapou do controle dos que pretenderam fazer dele um mero instrumento de combate. Como, então, os filósofos modernos lidaram com um princípio tão perigoso? E seria possível construir uma filosofia aceitando a validade do princípio cético? Este livro se dedica a mostrar como esse princípio foi compreendido, reformulado, usado e criticado pelos filósofos modernos que lidaram com o desafio cético.
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