Após anos de intensa preocupação com a estabilização monetária, ajustes fiscais recessivos e com os processos de liberalização comercial e financeira, o Brasil voltou sua atenção para o processo de desenvolvimento econômico - entendido neste livro como emanado de uma mudança estrutural e qualitativa da pauta produtiva - e formulou três políticas industriais de longo prazo entre 2003 e 2014, período aqui contemplado. A Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE - 2003), a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP - 2008) e o Plano Brasil Maior (PBM - 2011) foram concebidos durante os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) e tiveram como objetivo maior a retomada do desenvolvimento industrial via inovação e difusão de novas tecnologias. Nesta obra, mostramos que os resultados quantitativos e qualitativos aquém do esperado dessas agendas industriais estão largamente relacionados à pouquíssima falta de harmonização entre as esferas de política econômica durante o período. Para tal, analisamos a literatura econômica que trata sobre política industrial e sua articulação com a gestão macroeconômica e estudamos os casos bem-sucedidos da Coreia do Sul e de Taiwan, que se desenvolveram tardiamente (isto é, com tecnologia emprestada), adotando políticas industriais e tecnológicas de longo prazo em harmonia com agendas macroeconômicas de curto prazo que garantiram a competitividade das indústrias locais no comércio internacional.
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