O questionamento da técnica em Heidegger Orgulho é aquilo que devoramos quando não somos devorados por ele. É aquilo que devoramos quando e enquanto ele não nos devora. Somente o orgulhoso é capaz de produzir algo novo no mundo. Sua obra nasce exatamente de sua posição de autoridade, que o transforma em autor. Sua autoridade nasce de sua autonomia para saber o que quer fazer. O que o autor "autoritário" quer e sabe fazer é reflexo de quem ele é e de quanto ele sabe de si. Assim, uma obra é sempre um autoreflexo, um auto-retrato e, de certo modo, uma biografia, num sentido essencial, é dizer, existencial. Uma nova concepção de verdade como correspondência tem como tema central a liberdade. Não tratarei do conceito de liberdade, mas sim, em consonância com a corrente filosófica fenomenológica: o sentido e a possibilidade da liberdade. Acostumados a agir e pensar automaticamente, nós nos dispensamos diariamente da tarefa de pensar. Tal dispensa ou recusa nos equipara a autômatos programados a responder ou corresponder a estímulos ou apelos. Inconscientes de nosso lugar no mundo, seríamos ainda capazes de pensar? E mais, seria possível ainda, num mundo dominado pela técnica e pelas tecno-logias, algo assim como a liberdade ou, pelo menos, o pensamento sobre a liberdade? Paradoxalmente, diante da falta de pensamento e da falta de liberdade, somos obrigados pelos fenômenos mesmos, neste caso pelo fenômeno da ausência de pensamento e de liberdade, a pensar e a vislumbrar, pelo pensamento sobre a liberdade, alguma forma de liberdade. Claudio Donato
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