Os afazeres relacionados ao cuidado da família e do lar são histórica e culturalmente feminizados. Para que essa situação seja revertida, é necessário que os Estados assumam sua responsabilidade nessa atividade, desenvolvendo políticas públicas de redistribuição dos cuidados. O Brasil é um país que carece desse tipo de política, mantendo as mulheres como as principais responsáveis por essa atividade. Essa situação agrava as desigualdades de gênero, já que, por dedicarem grande parcela de seu tempo nos nesses afazeres, acabam tendo dificuldades no mercado de trabalho, muitas vezes se inserindo em ocupações precárias e mal remuneradas, o que causa o empobrecimento feminino. Além disso, a ausência de disponibilidade de tempo as impede de buscar seus projetos de vida e satisfação pessoal. Diferentemente do Brasil, o Uruguai é considerado pioneiro em políticas públicas nesse sentido, as quais são efetivadas por meio de seu Sistema Nacional Integrado de Cuidados. Por esse motivo, firmou-se como propósito deste trabalho analisar esse modelo de forma aprofundada para verificar se esse país pode ser considerado um parâmetro para a formulação de um modelo integrado de políticas de cuidado para o Brasil.
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