Esta investigação explora a compreensão do tempo pelos filósofos Martin Heidegger e Edmund Husserl. O objetivo é investigar como o tempo é determinante para a obra desses autores e o nexo fenomenológico entre eles. O texto é estruturado da seguinte forma: primeiro, é contextualizado o debate no qual a fenomenologia surgiu, introduzindo os estágios iniciais do modelo retencional do tempo em William James e Franz Brentano. Em seguida, apresenta-se o desenvolvimento da fenomenologia por Husserl, culminando em uma análise da estrutura geral da consciência intencional. Posteriormente, é examinada a tese husserliana sobre o tempo, que é dividida em três instâncias: transcendente, imanente e formal. Em seguida, faz-se uma análise da fenomenologia hermenêutica de Heidegger, que apresenta a estrutura geral da existência como preocupação (Sorge) e a tese da temporalidade estática a priori como unidade de sentido da existência. Realizadas essas etapas, compreende-se que tanto Heidegger quanto Husserl conceberam os fenômenos sempre em suas modalidades (das Objekt im Wie), não como entidades objetivas. O caráter modal serve como indicação formal para a temporalidade, que não pode ser considerada um fenômeno por si só, pois é a fonte de possibilidade destes. Por fim, o tempo, como indicação formal, parece estar em harmonia com a estrutura formal do método da fenomenologia. Em última análise, a temporalidade é a estrutura primordial que constitui o tempo e, consequentemente, os fenômenos.
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